(Inspirado em um sonho)
Num dia claro, a
guerra a todos assolou, o novo aeon.
Aquela mulher
próxima à morte, seu amado chamou
E em seus braços em
despedida, montanha abaixou rolou,
Entre os lobos,
ferida, sob a luz da lua e das estrelas, se recuperou.
Desde esse dia, Nuit
então foi mais uma vez glorificada,
Pois, que da mulher
entre marte e o sol, em seu espaço, identificada,
Foi dançar mais uma
vez entre os lobos numa noite estrelada,
Para se desvencilhar
daquilo que, de certa forma, a matava.
Nesta noite enluarada,
ao dançar, certos cantos entoou.
Era dela,
desvairada, a magia enluarada que o espaço abençoou.
Disso não a fez
menor, muito ao contrário, nesse antro estranho,
Foi que entendeu, ao
ver por detrás dos véus, o chamado encanto.
Não estava
assustada, apenas olhava nauseada, o negro vapor,
Que subia naqueles
campos, com um amargo e intoxicante fedor,
Viu-se simples,
Salomé ou Madalena, mulher, vulgar e fêmea,
Uma mulher, um anjo
e uma besta e fez-se a luz, não à parte.
Não apenas Nuit,
noite clara ou escura, ou Hécate arrastando fantasmas,
Era também uma
besta, um sol, a bela Sunna Escandinava,
E fez o silêncio que
sacra os grandes eventos do nada,
Não foram apenas os
homens que herdaram a parte bestializada,
Pois que daquele
momento entendeu, que era deusa, era mulher, loba, uma e nada!
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